Falar em morte é um tema muito delicado. No entanto, não deixa de ser necessário saber o que este momento difícil envolve. Por isso, é muito importante saber como lidar com uma situação de dor, luto e tristeza e ter muita força para lidar com todas as questões burocráticas para homenagear o seu ente querido. Assim, um dos pontos a ter em conta é escolher entre cremação e enterro. Sabes qual a diferença entre estes termos? Continua a ler, e conhece os conceitos, a sua origem e o porquê de investir ou não em cada um deles.
Enterro ou cremação: quais as diferenças?
A escolha entre estes dois momentos depende muita da escolha da própria família, mas também das suas crenças. Os enterros são cerimónias fúnebres em que o caixão da pessoa falecida é exposto para que toda a sua família, amigos e outras pessoas possam honrar a sua memória, antes de o mesmo ser sepultado. O tempo de duração varia de acordo com a funerária e todas as suas particularidades e por norma tem uma duração limitada de poucas horas, sendo realizado num cemitério em igrejas ou capelas, caso seja uma pessoa célebre pode realizar-se em palácios, instituições ou até mesmo em câmaras municipais ou sedes de governo.
Já a cremação é um tipo de método que durante alguns anos foi considerado tabu e consiste na redução do corpo a cinzas. Este método é bastante comum no mundo ocidental e é realizado num crematório, podendo ser ainda um funeral ou pós-funeral sendo uma alternativa cada vez mais realizada onde oferece menos riscos para o ambiente em relação ao sepultamento do corpo.
Em relação aos custos, são métodos distintos logo são compreendidos de forma diferente e os custos também são desiguais. Por sua vez, as origens de ambos os métodos são diferentes, pois durante séculos a cremação foi vista apena como uma prática pagã e no ano de 1964 foi aceite pelo catolicismo. Os funerais remontam à época dos egípcios em que enterravam os seus mortos através das suas técnicas de embalsamamento e nas suas pirâmides, algo que atualmente é comparado aos túmulos e jazigos presentes nos cemitérios.
As diferenças são várias e o ideal nestas situações é seguir a vontade da família do falecido e pedir um aconselhamento cuidado a uma funerária que presta os devidos serviços.
Como é realizada a cremação?
Este processo é realizado pela respetiva funerária contratada onde segue as seguintes fases:
1- Cerimónia de despedida: Depois do velório tradicional o corpo é levado para a sala onde se realizará a cerimónia e a última homenagem ao falecido.
2- O adeus: No final da homenagem o respetivo caixão desce, como uma referência ao sepultamento através de um elevador até à sala do forno (crematório).
3- Remoção de metais: Antes de ser feita a cremação é necessário retirar os metais do caixão (alças) e os vidros e ainda pacemakers e outros dispositivos médicos que ao estarem sujeitos a temperaturas elevadas podem correr o risco de explodir sendo ao mesmo tempo muito perigoso para os funcionários do crematório. Acessórios como joias são destruídas durante o processo, por isso o que a família desejar guardar deve ser retirado antes do corpo ir para o crematório.
4- Câmara fria: De acordo com a lei deve-se esperar cerca de 48 horas após o óbito para se efetuar a cremação, enquanto isso não acontece o mesmo é colocado numa câmara fria.
5- O momento: O caixão é colocado num forno de combustão sendo submetido a uma temperatura, calor e chamas extremas entre os 1400 e 1800 graus. Por norma, este processo tem uma duração de três horas, mas depende de outros fatores como o peso do corpo e do tipo de caixão.
6- Fim do processo: Depois de terminado o processo as cinzas são colocadas num recipiente temporário ou numa urna e é entregue à família. Por sua vez, as cinzas podem ser enterradas, espalhadas ou guardadas.
Tudo o que precisas saber sobre a cremação
· Processo mais económico: não implica a compra de um terreno, de um jazigo ou manutenção, apenas é necessária a compra de um caixão e urna crematória;
· Realizada por vez: revela-se um processo delicado e apenas é autorizado que seja um óbito de cada vez, pois não existe também espaço para mais e ainda pelo respeito à família e individualidade;
· Este método não afeta o ambiente: na dispersão das cinzas não causa contaminação;
· As cinzas podem dar origem a uma arvore: existem as chamadas bio-urnas compostas por uma cápsula que permite a germinação de uma semente na sua parte superior e o depósito das cinzas na parte inferior.
Cremação: uma tendência crescente
Com o evoluir dos tempos as condições de vida foram melhorando e com a esperança média de vida a aumentar, a morte é algo que não se manifesta com tanta frequência como em épocas passadas. No entanto, é impossível não ficar indiferente quando um momento como este invade a nossa família e nos obriga a lidar com a perda de um ente querido, querendo-o apenas honrar. Nesse sentido, a funerária contratada para o serviço aconselha à família sobre o método e a forma de honrar o falecido. Nos dias de hoje, existe uma tendência crescente para recorrer a este método, devido ao desejo e vontade da pessoa falecida. Caso os familiares não tiverem nenhuma instrução para o efetuar deverão eles tomar a decisão, uma vez que para ser cremado é necessário investir na compra de um caixão, pois o corpo será cremado junto dele.
Em qual se deve investir?
Resumindo tudo o que acontece nestes dois processos pode concluir-se que os funerais são algo bastante dispendioso e quanto mais serviços forem pedidos mais terá de investir. É importante ponderar bem toda a situação, pois a cremação é o método que exige custos, uma vez que, é um processo mais específico e detalhado e que por norma requer mais tempo e trabalho. No entanto, o enterro revela custos ainda mais acrescidos pois exige despesas relacionadas com o terreno, a compra do jazigo e a sua manutenção diária.
Depois de ler todo este conteúdo certamente será mais claro qual o processo que deves escolher nestes momentos difíceis.