A resposta é sim, mas é muito improvável.
Existe uma condição médica chamada miocardiopatia de takotsubo ou Síndrome do Coração Partido, que é um tipo de miocardiopatia em que há um enfraquecimento repentino e temporário do miocárdio.
Este enfraquecimento pode ocorrer devido a um grande stresse emocional (sendo que na grande maioria destes casos, esta condição é reversível). No entanto, quando ouvimos falar em coração partido associamos normalmente a um término de relação, a um desgosto de amor.
O término de uma relação constitui um momento stressante na nossa vida. O nosso cérebro adota uma reação semelhante ao luto, na medida em que temos pensamentos intrusivos, disfunção do sistema imunitário, falta de apetite, insónia, etc.
Tem também características semelhantes à dependência porque o estar com a pessoa envolve os neurotransmissores do sistema de recompensa e, ao acabar é como se tivéssemos em abstinência.
Se está a ler isto, provavelmente já sentiu algumas destas coisas.
Sabemos que as relações humanas são muito importantes para nós, é o que permite, nos primeiros anos de vida, sobreviver mas também permite que ao longo da vida tenhamos alguém do nosso lado que cuide de nós. Então desenvolvemos mecanismos como o medo e a dor adaptativa que nos incentivam a fazer algo para manter e melhorar as nossas relações.
No caso do término de uma relação, a dor adaptativa serve exatamente para nos obrigar a refletir e aprender com essa experiência para que, no futuro, não sejam cometidos os mesmos erros.
Um dos problemas é que a aceitação torna-se mais difícil quando as pessoas sentem que não têm uma razão clara e compreensiva do porquê de ter terminado. A maioria das pessoas precisa de uma explicação à altura do seu sofrimento, acabando por não se contentar com as explicações simples que lhe dão (“já não te amo”).
Sabemos que as relações humanas são muito importantes para nós, é o que permite, nos primeiros anos de vida, sobreviver mas também permite que ao longo da vida tenhamos alguém do nosso lado que cuide de nós. Então desenvolvemos mecanismos como o medo e a dor adaptativa que nos incentivam a fazer algo para manter e melhorar as nossas relações.
No caso do término de uma relação, a dor adaptativa serve exatamente para nos obrigar a refletir e aprender com essa experiência para que, no futuro, não sejam cometidos os mesmos erros.
Um dos problemas é que a aceitação torna-se mais difícil quando as pessoas sentem que não têm uma razão clara e compreensiva do porquê de ter terminado. A maioria das pessoas precisa de uma explicação à altura do seu sofrimento, acabando por não se contentar com as explicações simples que lhe dão (“já não te amo”).
Pode ser difícil ultrapassar o término de relação, mas existem estratégias que pôr em prática:
1. CUIDE DE SI
Procure cuidar de si, o exercício físico, sono e uma boa alimentação são essenciais para uma mente e corpo saudável.
Também cuidar da sua vida social, sair com amigos e fazer atividades em grupo, terá uma influência positiva na sua vida e vai ajudar a ultrapassar mais facilmente o que aconteceu.
Também cuidar da sua vida social, sair com amigos e fazer atividades em grupo, terá uma influência positiva na sua vida e vai ajudar a ultrapassar mais facilmente o que aconteceu.
2. NÃO CONFIE NA SUA MENTE
Neste momento, não pode confiar na sua mente, tem de assumir o controlo.
A sua mente vai estar constantemente a pensar na outra pessoa, a idealizá-la, porque é a forma que a nossa mente tem de “curar-nos”, dando-nos aquilo que precisamos, alimentando o nosso vício.
Isto só torna mais difícil ultrapassar esta fase. Uma das estratégias para combater essa idealização é fazer uma lista das coisas menos boas que essa pessoa fazia, por exemplo: como o fazia sentir mal; quais os seus defeitos, entre outros. Assim será capaz de aceitar para poder seguir em frente.
3. FALE COM ALGUÉM
Fale com alguém.
Estar sozinho a reviver constantemente o sucedido e pensar apenas nos aspetos negativos vai mantê-lo numa espiral negativa. Ao falarmos com alguém, principalmente alguém especializado como um psicólogo, que irá escutá-lo sem julgamentos, dá-lhe outra perspetiva acerca do acontecimento, acrescenta elementos novos à história e permite concentrar-se em soluções.
O mais provável é que não morra de coração partido, mas também não precisa de passar por essa fase e sofrimento sozinho.