Quando, à tecnologia se junta a biologia dá-se a Biotecnologia. Aqui investiga-se a aplicação das células, dos tecidos e da biologia molecular nas mais diversas áreas.
A Biotecnologia é muito útil na industria de fármacos, das vacinas e na produção de alimentos processados.
E o que faz um biotecnólogo?
Um biotecnólogo desenvolve o seu trabalho, no sentido de melhorar a genética animal e vegetal.
Mas não se fica por aqui, investiga a biologia molecular e a engenheira de proteínas.
A biologia e a tecnologia foram se desenvolvendo de tal forma que, hoje em dia é possível, um biotecnólogo modificar o DNA de vários organismos. Esta descoberta e capacidade de manipular as células, traz inúmeros benefícios para a Humanidade, principalmente nas questões relacionadas com a saúde.
Biotecnologia na alimentação
Esta área científica tem contribuído para melhorar substancialmente o valor e conteúdo nutricional dos alimentos. Esta cooperação traz inúmeras vantagens só não para o nosso planeta como para a nossa vida.
Ajuda a controlar bactérias, fungos e vírus, principalmente na produção de lacticínios e na confeção de pão e bolos.
Com a Biotecnologia, os alimentos tornam-se mais saudáveis e economicamente mais acessíveis. Ao se controlar melhor o processo de fabrico industrial, também se controlam melhor os custos de produção. Desta forma, é possível, colocar os artigos a um preço mais baixo, sem gerar défice.
Novos alimentos “animais” sem os animais
Os biotecnólogos têm a capacidade criar proteínas e biomoléculas de origem animal.
As ideias principais por trás desta produção são a de poupança dos solos, a redução do consumo de energia. Tudo isto de forma sustentável e local e diminuindo os ímpatos da criação animal no ambiente.
Por exemplo, já é possível produzir leite, sem recorrer às pobres vaquinhas. A evolução desta área foi tão grande que este leite é composto com as mesmas proteínas que o leite da vaca, no entanto não tem colesterol nem lactose. E tem a mesma serventia que o leite de vaca na produção de outros produtos como os iogurtes e queijos.
Mas como se faz o leite sem ordenhar vacas?
Foi criado um processo de fermentação e levedura que gera o mesmo tipo de proteínas lácteas do leite das vacas.
Carne de laboratório
A ideia pode não soar suculenta, mas o caminho é por aí.
Já estão a decorrer vários testes em que se extraem células de animais para cultivo em laboratório.
O objetivo aqui é termos nas nossas mesas, a partir de 2022, uma carne local e mais barata.
Deixar de separa a clara da gema
Num futuro próximo é exequível que já não necessites de partir um ovo para retirar a clara que necessitas para o teu cozinhado.
Está a ser testado e estudado em laboratório um novo ingrediente para ser usado na confeção de alimentos como merengues ou bolos em substituição das claras. A ideia é que as caraterísticas desta nova clara se adaptem às tuas necessidades. Tudo é passível de ser alterado, a espuma, a textura e o volume.
Comida de laboratório
Este novo conceito de alimentos, ainda trás consigo algumas resistências e poucos adeptos.
No entanto, é algo, que mais tarde ou mais cedo, tem tudo para entrar na normalidade e fazer parte das cozinhas de todo o mundo.
Mais do que ser um capricho da evolução tecnológica e da biologia, é uma necessidade.
Dizem os especialistas que em 2050 seremos mais 2 biliões de habitantes, ou seja, passaremos a 9.6 biliões. Porém a área de cultivo manter-se-á a mesma.
Logo, é urgente arranjar uma solução. O processo do fabrico alimentar tem de se ir aperfeiçoando e modificando ao serviço do bem-estar mundial.
Matéria hereditária
A Biotecnologia tem trabalhado o que temos de mais genuíno, o nosso ADN (Ácido Desoxirribonucleico).
É aqui que estão todas as caraterísticas que herdámos dos nossos antepassados. Os biotecnólogos cortam as cadeias do ADN de modo a poder manipulá-las.
Os estudos da Biotecnologia são desenvolvidos no sentido de poder prolongar o tempo de vida da humanidade.
E uma das formas de o fazer, está nas vacinas que se vão desenvolvendo.
Outra passa por conhecer e identificar o tipo de genes que, com maior prevalência em algumas doenças.
Ao manipularem células e proteínas, conseguem descobrir a composição necessária para o combate de algumas doenças.
No entanto, para além de trabalhar na criação de medicamentos, o seu esforço também incide na prevenção.
Os 30 mil genes, que nos compõem, ao serem examinados, podem dar indícios, quanto à probabilidade de se desenvolver uma doença, nomeadamente o cancro.
A outra aposta do biotecnólogos é a criação de terapêuticas genéticas e celulares. Com este conhecimento é possível desenvolver a medicina regenerativa.
O aparecimento da recolha das células estaminais é fruto dessa aposta.
Este tipo de células têm a enorme capacidade de substituir outras que tenham sofrido algum tipo de lesão ou de regenerar tecidos que estejam danificados.