Fazer música à porta de casa!

A música faz parte da vida do Homem desde sempre.

Mara Domingues29 Jan 2020
É comum associarmos uma música a determinada fase da nossa vida ou a um momento concreto. O que vem provar a imensa importância e impacto que as canções têm em nós.
Existem emoções e sensações que são despertas com determinados sons ou acordes. A linguagem da música é universal e a sua força não tem barreiras.
Só assim se explica o sucesso do nosso fado por todo o mundo. Um estilo musical muito próprio, que por vezes até para nós, portugueses, é difícil de entender, num idioma que muitos desconhecem, alcança e toca multidões com culturas completamente diferentes das nossas.

O início da música
 
Acredita-se que os primeiros sons, que se podem considerar com sendo música, surgiram há cerca de 50.000 anos. Estas músicas foram criadas no continente africano, no entanto foram chegando a todo o mundo com o efeito da mobilidade das raças pelos vários continentes.

Os vestígios dos primeiros instrumentos musicais estão registados em alguns documentos que remontam às civilizações da Antiguidade. Atribuí-se aos sumérios da Mesopotâmia, a utilização de cânticos nas suas celebrações litúrgicas.
 
Bandas históricas
 
Com a evolução dos instrumentos musicais e com a descoberta das caraterísticas e capacidades da voz, o Homem foi alargando o seu panorama musical. Começaram a surgir vários tipos de sonoridade, que entretanto foram catalogados em estilos musicais.
Nasceram compositores, letristas, instrumentistas, maestros, cantores a solo, coros e bandas.

No campo das bandas, surgiram conjuntos que, pelos mais variados motivos ficaram marcadas na História. Em alguns casos, mesmo que as bandas já não se encontrem no ativo, as suas músicas permanecem atuais e são escutadas por todas as gerações.
Um bom exemplo disto são os Beatles. A banda de rock inglesa, que tocou durante a década de 60, ainda hoje guarda o título da banda musical que mais vendeu em todo o mundo.
 
Os Pink Floyd são outro exemplo. Com uma carreira bem mais longa, estes (também) britânicos, ofereçeram ao mundo algumas das músicas mais emblemáticas do século XX. 
Em 1979, lançam Another Brick in the Wall, que se transformou num hino para a juventude da época.
O Reino Unido foi rico em bandas míticas. Queen, The Rolling Stones, Led Zeppiling  são apenas algumas.

Mais ao lado, da Irlanda vêm os U2, com várias criticas sociais nas suas letras.

Os Estados Unidos da América não ficam atrás e deram-nos com bandas musicais absolutamente fantásticas como os Pearl Jam, os Metallica ou os The Doors, entre tantos outros.
 
Bandas portuguesas com certeza
 
As nossas bandas podem não ter uma projeção mundial tão grande como as referidas anteriormente, porém temos a sorte de ter músicos brilhantes que nos presenteiam com composições musicais que marcam gerações.
 
Nos anos 60, e à semelhança do que acontecia no estrangeiro, o rock começava a ganhar fãs em Portugal. Várias bandas surgiram no mercado mas existiram duas principalmente marcantes, os Sheiks e o Quarteto 1111. 
O final da década de 70 e o inicio dos anos 80, foram, igualmente anos de muita criatividade na música portuguesa. Deste boom, nascem os UHF, os Rádio Macau, os GNR (Grupo Novo Rock e não Guarda Nacional Republicana) e os Xutos & Pontapés.
 
Para nossa felicidade, muitas destas bandas mantém-se ativas e outras vão aparecendo com as novas gerações. Clã, Amor Electro, Capitão Fausto, etc.
 
As bandas lá terra
 
Ainda existe um outro tipo de banda musical, que sendo o que tem menos visibilidade no mercado, é muitas vezes o que mais nos marca.
As bandas que pertencem a sociedades musicais ou recreativas e que estão sediadas perto de nossa casa.
 
Para a grande maiores de nós, foi em espaços destes que aprendemos a tocar algum instrumento e que alguma vez pisámos um palco.
 
A importância destas banda nas localidades é incalculável.
Mais do ensinar música, dar concertos ou participar em eventos locais, como as festas da padroeiras, as procissões, ou as comemorações dos dias nacionais, estes espaços formam crianças e jovens.
 
São um grande apoio aos pais, que confiam que os seus filhos ficam bem entregues nos tempos livres. Promovem a responsabilidade mas também a entreajuda.
Ninguém toca numa banda sozinho.
Ajudar a trabalhar as competências sociais e o respeito. Quer entre colegas, quer em relação ao maestro, de quem têm de acatar indicações.
Por norma, são organizações muito antigas, o que ajuda a criar o respeito pela história.
 
Exemplo disso é a Sociedade Artística e Musical Cortesense, em Cortes, Leiria. Apesar de ter sido criada em 1881, com a designação de “Phylarmonica de Nossa Senhora da Gaiola das Cortes”, desde 1879 que se ensaiava três vezes por semana, o solfejo. Conta-se que seriam 33, os músicos e um maestro que ganhava uma libra por mês para ali estar a orientar a banda.
Os tempos avançaram e em 1981, ganha o nome que mantém até hoje e ganha um outro extra. Membros do sexo feminino na sua composição.
Hoje em dia, recebe crianças, jovens e adultos de qualquer faixa etária.
 
O mesmo se passa com a Sociedade Musical 1º de Agosto, em Vila Nova de Gaia.
Fundada a 1 de Agosto de 1916 como “Banda Marcial 1.º de Agosto”, teve como primeiro maestro um músico da G.N.R. Mais tarde o nome altera-se para o que já conhecemos hoje, por imposição do regime da época que classificou a palavra “Marcial “ como agressiva.
Atualmente, esta sociedade musical, tem uma escola de musica com cerca de 50 alunos e na qual os professores pertencem na sua totalidade à banda.
A Banda de Música de Coimbrões, como também é conhecida pelas gentes de Vila Nova de Gaia, tem, atualmente, 55 elementos, com idades entre os 8 e os 74 anos.
Autor
O meu nome é Mara, muitas vezes confundido com Maria, Marta ou até mesmo Lara. E onde entra a escrita na minha vida? Está comigo desde sempre. A satisfação de dar azo à imaginação e deixar fluir as letras é o que me realiza. Fui-me provendo de ferramentas que me permitam ser uma profissional cada vez melhor. Hoje tenho a sorte de criar conteúdos para algumas empresas subordinados a várias temáticas e comunicações internas. No entanto, redação de textos de ficção, transcrições, pesquisa para livros e ghost writing também fazem parte do meu dia.
Artigos do mesmo AutorArtigos Recomendados