A recente subida do ouro abriu uma oportunidade para quem possui jóias ou ouro usado, mesmo em mau estado, e está a precisar de dinheiro ou apenas quer trocar por outra peça que lhe agrade mais. Só neste ano, o preço do metal precioso subiu mais de 20% na Europa com a cotação em Euros. Muito devido ao COVID-19 pois fez descarrilar os mercados financeiros. Também as incertezas no mercado do petróleo ajudaram.
Uma forma de conseguir um bom valor pelas suas peças é vendê-las num estabelecimento autorizado pela Imprensa Nacional da Casa da Moeda (INCM), sob direção de um Avaliador Oficial licenciado pela INCM (venda ouro). Cuidado com as ourivesarias que muitas vezes não têm autorização para compra ouro, levando a que tanto quem vende, como quem compra sejam investigados pelas autoridades.
Mas há ainda outra opção para quem não quer perder as peças de ouro ou prata, que podem ter um valor sentimental, trata-se do penhor, explicado mais adiante.
Ouro subiu devido à desvalorização do dólar
Esta recente alta da cotação ouro em euros criou a oportunidade de desfazer-se das suas jóias, nalguns casos 20% acima dos valores conseguidos há menos de 1 ano. Esta valorização foi conseguida graças à desvalorização do euro relativamente ao dólar, moeda em que o ouro puro é cotado nos mercados bolsistas. Esta foi, pelo menos, uma das razões. A outra foi a pandemia, que criou incertezas quanto ao futuro económico e, quando assim é, os investidores refugiam-se no ouro por ser considerado um ativo seguro durante as crises económicas.
Penhor é alternativa para obter dinheiro sem vender o seu ouro
Quem precisa de dinheiro pontualmente e não quer perder as jóias ou peças de ouro porque têm valor sentimental ou por outra qualquer razão, tem sempre a possibilidade de realizar um penhor. Esta operação consiste no empréstimo de dinheiro sobre o valor das peças, ficando a pagar uma suave prestação mensal com juros inferiores a um crédito pessoal concedido pelos bancos, por exemplo. Ainda tem a vantagem de poder ser feito na hora, sem necessitar das típicas burocracias requeridas pelos bancos.
É uma atividade regulada pela INCM e fiscalizada pela ASAE. Não confundir com VOC (Venda com Opção de Compra) publicitada por algumas empresas e que são ilegais pois não são regulamentadas e chegam a cobrar juros usurários. Os juros são tão baixos que há pessoas que chegam a penhorar os bens apenas para os manter guardados em segurança, pois todos os bens são mantidos em caixas forte bancários.
Mercado informal apresenta riscos
Em Portugal, existem estabelecimentos, muitos deles ourivesarias tradicionais, que compram ouro sem estarem devidamente autorizadas para isso. Algumas delas nem registam essas compras, o que pode levar a problemas sérios com a justiça. Em geral essas lojas oferecem preços mais atraentes do que a média do mercado. Mas esse tiro no escuro pode sair bem caro, não só a quem compra mas também a quem vende.
A recomendação dos especialistas é a de que procure sempre lojas de renome, com mais de 10 anos no mercado e sob a direção de Avaliadores Oficiais licenciados pela Casa da Moeda (INCM) e com todas as licenças atualizadas e em dia.
Caso pretenda venda de ouro esclareça as suas dúvidas neste link.